sim porque gostava de encher tudo de palavras... parecia uma das máquinas de guerrilha de um robert jordan vencido e anestesiado à beira do caminho... metralhava os outros sem esperar que alguém ripostasse... e achava-se ridículo porque apreciava aqueles que nesta habilidade permitiam outros comentários cómicos e minimalistas, e não o silêncio final de vôos pretensiosos e solitários...

forçava as palavras... bombardeava sem piedade...

desmontava as conversas, desviava o olhar no instante exacto e cativava com o sorriso traquina de um reguila armado em doutor... e fazia-o na perfeição: sem medos, nem cérebro...

e nisto, a solidão alcançava-o quando o pó voltava a caír, como a querer repousar no caminho... e então já sózinho, calava-se. calava-se e adormecia... abraçava o mundo e a mente parecia então viajar disforme em busca do seu guardião rilkeano...