pois... sim é verdade, também já joguei melhor às cartas do que acho ser capaz agora... mas nisto como em tudo: a experiência é o segredo dos mestres... "horas de vôo" - lembro-me de ser esta a expressão.
sim... engraçado:
o pintor que não pinta: é ele pintor?
o escritor que não escreve: é ele escritor?
lembra aquela história do leão que certo dia levantou-se e decidiu ser vegetariano, mas muito majestosamente certificava-se continuar o rei da selva...
não conheces? como não conheces?
hum... é natural ele também não durou muito tempo...
ah sim e directamente para oxford, o génio de Brecht:
" Observe strangers as if they were familiar
and those whom you know as if they were strangers."
- Sim, parece que finalmente regressei a casa...
- Não se regressa aonde nunca se esteve... sabes disso?
- Guardas esses pensamentos para ti?... Que seca!
passei a venerar esta frase: "logo se vê..."
é! lembrei-me de escrever como o pulsar do meu cérebro: rotineiro, obtuso, vago...
acho que são essas as conversas que mais aprecio... aquelas que depois nunca saberemos remontar... ficaremos à tarde pelo café, e à noite nada pesará do que foi dito... ficaram no passado... rio-me sucessivamente e histericamente quando me lembro do maravilhoso processo que é deixar de dar valor às palavras... como se fossem apenas música que alguém te oferecesse e tu apenas precisasses de acenar aos acordos finais... e o teu olhar se fundisse na íris do tenor, companhia de mesa de esplanada, a partir, digamos do terceiro andamento...
ah e viva Portugal!
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