voltou a olhar para o casaco... estava longe... reparou a sobrancelha levemente usando como pinça o indicador... a concentração não vinha... recolheu as cartas em leque que erguia com a mão direita e pousava-as agora viradas... "vão ter que me desculpar, cavalheiros" sussurrou por fim, amaciando o pano verde esquecido: "... hoje não estou em condições... o joão substituir-me-à..." percorreu com o olhar cansado e triste o chão vagaroso, e dirigiu-se à porta... vestiu o casaco, e saiu discretamente pela porta lateral do clube... decidiu caminhar pela noite, acendeu o cigarro e desceu pela rua alumiada pelo candeeiro submisso de esquina...

tombavam-lhe pensamentos estranhos... precisava de saber esperar até que a noite desistisse pelo caminho... parecia persegui-lo sempre que estava sozinho... resolveu ficar pelo miradouro... era ali que se apaixonava... era ali que se encontrava até que o sol se dignasse a contemplá-lo...